Workshop de Plantas Aromáticas, Medicinais e Condimentares

A Associação dos Amigos do Jardim Botânico da Ajuda, em parceria com o Cantinho das Aromáticas, promove um workshop dedicado às PAM entre 17 e 18 de Maio, como aliás tem feito durante os últimos anos, sempre muito concorridos. O objectivo é ensinar a identificar, cultivar e utilizar as diversas plantas aromáticas e medicinais existentes. O curso decorrerá no Cantinho das Aromáticas, onde se estará em contacto permanente com as diversas espécies.
Programa
1º dia
  • Visita ao viveiro: conhecer a colecção de PAM e a horta biológica;
  • O jardim de aromas: propagação; manutenção sazonal; técnicas de colheita.
  • Almoço na Quinta
  • Continuação da visita ao viveiro com participação em actividades prácticas;
2º dia
  • Cozinhar com ervas aromáticas: bebidas quentes e frias; saladas; maioneses e mostardas; azeites e vinagres; marinadas e manteigas; molhos doces e salgado; pratos cozinhados;
  • Almoço na Quinta
  • Aromaterapia: corpo e espírito: relaxamento.
  • Encerramento do workshop por volta das 17,30 horas.
Preço: 190,00 € (185,00 € para sócios da AAJBA)
Inclui: Participação, material, almoços
Os participantes que se desloquem de Lisboa poderão ainda optar pelo transporte organizado pela Associação dos Amigos do Jardim Botânico da Ajuda. A saída será na sexta-feira dia 16 de Maio, ao fim do dia, e o regresso no final do workshop.
Inscrições e informações:
Mini Cursos de Jardinagem
Jardim Botânico da Ajuda
Calçada da Ajuda
1300-011 Lisboa
Henriqueta Carvalho
Tel. 96 953 43 86

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Fim-de-Semana Etnobotânico

A Pensão Carvalho Araújo, a pensar naqueles que querem descobrir as maravilhas do Gerês, organiza no dia 23 e 24 de Maio um fim-de-semana etnobotânico onde pode começar por partir à descoberta e conhecer o de que melhor existe na Serra do Gerês.
A Serra do Gerês, pela abundância e variadíssima flora, pela riqueza da sua fauna, pelas deslumbrantes paisagens, pelos costumes e tradições dos seus povos, pode ser considerado um paraíso para o turista mas também para académicos, cientistas e escritores, de Link a Alfredo Taith, de Júlio Henriques a Ricardo Jorge e de Ramalho Ortigão a Miguel Torga, todos fizeram incursões a este santuário da natureza.

Programa:

Dia 23 - Chegada à Pensão (check in)

Dia 24
Manhã: Workshop de plantas aromáticas e medicinais apresentado pelo Eng. Luís Alves13H00 – Almoço com produtos locais no restaurante da Pensão

Tarde: Visita á Pedra Bela e cascata do Arado em Circuito misto (Mini-Bus e percurso pedestre)
20H00: Jantar no restaurante da Pensão
Dia 25
Manhã: Visita à Mata da Albergaria em Mini Bus e pequeno percurso pedestre. Almoço em restaurante típico (Cantinho do Antigamente) e visita a jardim de plantas aromáticas.

Regresso.

Recomendação: Levar máquina fotográfica e binóculos; roupa e calçado confortáveis.

Guias das visitas: Luís Alves; Armando Araújo

Preço/pessoa em quarto duplo: 150€
Suplemento Single: 15,00€; Noite extra: 22,50€

Para mais informações contactar:

Pensão Carvalho Araújo
Rua da Arnaçó, nº 6
4845 – 063 Gerês
Telefone: 253 391 185
Fax: 253 391 225
Telemóvel - 968035672



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Seminário na Lipor

Decorreu novamente na Lipor o Seminário “A Agricultura Biológica para o Cidadão” , mais um êxito de participação activa, mais uma vez a Lipor está de parabéns por todo o trabalho que tem desenvolvido nesta área. De salientar a estreia do meu bom amigo António Jorge Sá nestas lides de palestrante, apesar do nervosismo inicial, inerente a qualquer estreia, portou-se como se já fizesse das palestras a sua vida!!! Uma interessante partilha da sua visão e forma de estar na vida, que entusiamou todos os presentes, ao ponto de não o quererem deixar ir embora!!! Ficam aqui alguns momentos da sua apoteose.



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Cosméticos Caseiros com Ervas Aromáticas

Desta vez o desafio era enorme: levar receitas de preparados cosméticos caseiros à base de ervas, num dia dedicado à beleza feminina. Aqui ficam algumas sugestões e as receitas que preparei para a ocasião:

Máscara Tonificante/Revigorante


Material
2 c. sopa Hortelã (Mentha spicata);
2 c. sopa Pé-de-leão (Alchemilla vulgaris);
2 c. sopa Alecrim (Rosmarinus officinalis);
1c.chá sementes Funcho (Foeniculum vulgare) esmagadas;
1c. chá bagas Zimbro (Juniperus sp.);
2c. sopa aveia ou amêndoa moída;
500 ml água;
Chaleira;
Colher de chá;
Colher de sopa;
Almofariz ou moinho;
Coador;
Tigela para misturar;
Faca para cortar as ervas.

Método
Misture as ervas (hortelã, pé-de-leão, alecrim e zimbro) partidas aos bocadinhos e a água na chaleira e deixe ferver;
Coe e deixe arrefecer;
Deite 2 c.sopa aveia ou amêndoa moída numa tigela;
Moa as sementes de funcho e adicione à aveia;
Junte 2-3 colheres de sopa da infusão e misture até ficar uma pasta;
Espalhe uma camada uniforme no rosto, evitando o contorno dos olhos e boca;
Deixe actuar 10 min;
Use 1-2 vezes / semana para tonificar a pele.

Champô

Material
10 caules com folhas frescos saponária (Saponaria officinalis) com +/-15cm;
800 ml água;
1 raminho alecrim;
Frasco.

Método
Pique grosseiramente os caules frescos;
Junte as plantas e água na chaleira e deixe ferver (20min);
Deixe arrefecer e coe o líquido;
Guarde o champô ao abrigo da luz durante 1 semana.

Endurecedor de unhas

Material
4 c.sopa folhas cavalinha (Equisetum arvense);
2 c. sopa sementes aneto (Anethum graveolens) esmagadas;
800 ml água;
Frasco de vidro.
Método
Juntar as ervas e a água na chaleira e ferver (20min);
Deixar arrefecer;
Guardar num frasco vidro 4 semanas;
Mergulhe os dedos nesta solução 10min dia sim, dia não.

Elixir oral

Material
1 raminho Hortelã;
1 raminho Alecrim;
1 raminho Tomilho (Thymus sp.);
500 ml água;
Frasco de vidro.

Método
Junte as ervas e a água na chaleira e deixe ferver (20 min);
Deixe arrefecer;
Coe para um frasco de vidro, feche e guarde no frigorífico durante 4 dias no máximo;
Bocheche 2 vezes por dia depois de lavar os dentes.

Compressas relaxantes para os olhos

Material
5 folhas hortelã;
200 ml água;
Tigela vidro/louça.

Método
Coloque as folhas na tigela;
Verta a água acabada de ferver por cima das folhas;
Deixe em infusão 10min;
Coe e deixe arrefecer;
Mergulhe dois discos de algodão no líquido e aplique sobre as pálpebras durante 10min.

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Ajuda benvinda

É com enorme agrado que coloco este post: perante o cenário aterrador das infestantes, que este ano assolam os nossos cultivos mais do que alguma vez aconteceu nestes últimos 8 anos, eis que clamei por socorro em todas as direcções. E as velhas amizades, os laços que se constroem ao longo da vida e não se esquecem, aparecem-nos mesmo quando o tempo nos separa. Da minha querida, valorosa e velhinha Escola Profissional Agrícola Conde de São Bento, em Santo Tirso, depois de um desesperado telefonema, eis que surge prontamente uma valiosa ajuda, na figura da minha querida Professora Anabela Quadrado e seus alunos, a quem estendo a minha gratidão pelo trabalho incansável, num dia frio e chuvoso. Limpámos boa parte do cultivo dos Limonetes, que estavam mesmo a precisar, debaixo de tanta serralha e outras afins. Agradeço também ao Director da Escola, O Professor Carlos Alberto Frutuosa pela sua pronta colaboração. Foi uma aula e pêras, com os alunos desembaraçados no seu desempenho. Ficam aqui algumas recordações:



Fica aqui também a morada da escola para quem quiser procurar ensino competente em agricultura e ambiente: http://www.ep-agricola-conde-s-bento.rcts.pt/index2.htm

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Jardins Biológicos

Tenho andado um pouco arredado da publicação dos vídeos da Praça pois são bastante trabalhosos, mas finalmente aqui está o de 11 de Abril que foi dedicado ao tema jardins biológicos. Ficam aqui alguns dos tópicos explorados:

Porquê a Jardinagem Biológica?
  • A abordagem biológica dos jardins reconhece que todos os seres vivos dependem uns dos outros, desde as pragas ao solo até às flores e à vida selvagem, todos estão inter-relacionados, mesmo nós.
  • Somos responsáveis pela forma como tratámos o solo e o ambiente, pois devemos salvaguardá-los para as futuras gerações.

Algumas Técnicas

  • Nutra o seu solo com composto caseiro:
  • A compostagem é um processo relativamente simples que permite a reciclagem da matéria orgânica que sobra da manutenção do jardim;
  • Permite também a reciclagem de materiais orgânicos não cozinhados que sobram no dia-a-dia (cascas de fruta, restos de legumes, cascas de ovos, etc);
  • Evite a utilização de fertilizantes de síntese;

Encoraje a presença de vida selvagem no seu jardim

  • Coloque caixas ou pilhas de folhas, restos de podas ou simplesmente deixe algumas ervas altas, de forma a que as formas de vida hibernantes se possam refugiar na época mais desfavorável;
  • Nem todos os insectos são pragas, muitos são auxiliares na medida em que se alimentam de outros insectos nocivos;
  • O objectivo da jardinagem biológica não é eliminar todas as pragas, mas promover o equilíbrio; As joaninhas precisam de pulgões para sobreviver!!!
  • Se possível, instale um pequeno lago ou bebedouro para a vida selvagem, de forma a atrair sapos, rãs, pássaros e morcegos;

Promova a biodiversidade florística

  • Plantando calêndulas, funcho, tomilhos e muitas outras plantas aromáticas promove uma elevada presença de organismos auxiliares;
  • Instale sebes de plantas sempre-verdes para que os pássaros se possam abrigar e nidificar;
  • Instale arbustos ou árvores produtores de frutos ou bagas comestíveis;
  • Plantação de trepadeiras nos muros confinantes com as casas vizinhas;
  • Utilização de plantas tolerantes ao vento e resistentes à secura;

Instale uma horta – Produza alguns dos seus próprios alimentos

  • Construção de canteiros elevados, aproveitando mesmo os pequenos recantos;
  • Instalação de um sistema de rega localizada;
  • Instalação de canteiros elevados sobre a superfície de betão;

Recolha e conserve água da chuva

  • Utilizando recipientes junto a caleiras, etc


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Tomilho-limão

Híbrido variável entre o tomilho-poêjo (Thymus pulegioides) e o tomilho-vulgar (Thymus vulgaris), o tomilho-limão (Thymus x citriodorus) apresenta folhas verdes ou, no caso de algumas variedades, amarelas ou brancas e verdes, que encantam quem as cultiva.

Excelente para utilizar em vasos e floreiras e a delimitar bordaduras de jardins, possuindo um período de floração alongado e espectacular, atraindo diversos insectos polinizadores. É presença essencial em qualquer jardim de cheiros.

Com uma altura de 25-30 cm e um diâmetro até 60 cm, é um arbusto perene, semi-lenhoso, apresentando pequenas flores brancas ou ligeiramente rosadas, que aparecem durante o Verão.

Gosta de solos bem drenados, com boa exposição solar, adaptando-se mesmo em solos muito secos. Os Invernos muito chuvosos e os terrenos encharcados podem contribuir para que apodreçam e morram precocemente. Deve ser podado logo a seguir à floração, de forma a evitar que lenhifique na base, mantendo-se vigoroso e saudável por muito mais tempo. É uma óptima planta de companhia para as outras plantas no jardim.

Torna-se sensível ao oídio e a podridões radiculares, quando ocorrem excessos de água na rega, evitar regar nas horas de maior calor, não molhando as folhas da planta neste período. Podar com frequência se o crescimento for muito vigoroso. Dado ser um híbrido, a sua sementeira pode dar origem a plantas com características heterogéneas, sendo por isso preferível efectuar a propagação por estacaria.

Toda a planta pode ser colhida em qualquer altura do ano, de preferência antes da floração e utilizada, fresca ou seca, produzindo uma óptima infusão, pouco utilizada no nosso país. Quando descoberta, passa a ser obrigatória, pelo seu fantástico aroma. O óleo essencial é considerado menos irritante do que o de outros tomilhos e é muito utilizado em aromaterapia para combater asma e outros problemas respiratórios, especialmente em crianças.

As folhas são utilizadas para condimentar pratos de peixe, aves e saladas. Podem ser secas e misturadas com outras plantas em poutpourri. É uma planta muito popular em culinária, exalando um forte aroma a limão, razão pela qual é cultivado em todo o mundo.

Uma característica interessante de observar é que, após a secagem, as folhas se destacam facilmente dos caules, o que torna o seu valor comercial para exportação superior, quando vendidas desta forma. Temos alguns milhares de pés em plantação, em compassos de 30x30x30 cm (camalhões de um metro de largura) que providenciam cerca de quatro cortes/ano. Estes podem ser mecanizados, mas a sensibilidade para o corte por parte do operador deve ser grande, pois cortes muito rentes provocam a morte da planta.

O mercado internacional procura neste momento grandes quantidades desta planta seca, sobretudo da folha, certificada em modo de produção biológico, o que a torna uma excelente alternativa para quem pretende produzir novos e competitivos produtos na agricultura nacional.

Disponível aqui.
Tomilho-limão em cultivo

Tomilho-limão planta

Tomilho-limão em flor

Tomilho-limão no jardim

Tomilho-limão 'Variegata'
Para comprar esta planta, clique aqui

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Novas plantas em Abril 2008

O Cantinho das Aromáticas concentra toda a sua produção no mundo das PAM, tendo como grande objectivo a introdução de plantas da Península Ibérica no mercado nacional, visando:
  • Aumentar a "cultura" de plantas autóctones que o país e muitos dos seus "jardineiros" ainda não tem;
  • Contribuir para a conservação de espécies, algumas delas em risco;
  • Valorizar a flora do nosso país, que é fantástica mas tão desprezada.
Após ter colocado no mercado algumas plantas espontâneas, tais como a erva-peixeira (Mentha cervina), o tomilho bela-luz (Thymus mastichina), o absinto (Artemisia absinthium), a alfazema-de-folha-recortada (Lavandula multifida) ou a hortelã-de-cabra (Cedronella canariensis), outras mais exóticas, como a erva-príncipe (Cymbopogon citratus), a equinácea (Echinacea purpurea) ou a salva-ananás (Salvia elegans), eis que surgem nesta altura do ano mais novidades:
  • Agrião-de-terra (Barbarea verna);
  • Alfazema-de-flor-branca (Lavandula viridis);
  • Aneto (Anethum graveolens);
  • Arméria branca (Armeria pseudoarmeria);
  • Artemisia-branca (Artemisia alba);
  • Aspérula-odorífera (Galium odoratum);
  • Azedas (Rumex scutatus);
  • Balsamita (Tanacetum balsamita);
  • Saponária (Saponaria officinalis);
  • Segurelha (Satureja montana);
  • Tomilho-alcaravia (Thymus herba-barona);
  • Tomilho-canforado (Thymus camphoratus);
  • Tomilho-serpão (Thymus serpyllum);
  • Tormentelo (Thymus caespititius);
  • Zimbro (Juniperus communis).
Entre muitas outras, numa lista de mais de 130 espécies. E que pode confortavelmente receber em sua casa, em qualquer ponto do país e ilhas, se aceder à nossa lojinha virtual, em http://www.cantinhodasaromaticas.pt/loja/plantas-em-vaso-bio/. O que não dispensa no entanto uma visita, já que nesta altura os nossos jardins e campos de cultivo começam a ficar espectaculares!!! De Segunda a Sábado, na Quinta do Paço, em Vila Nova de Gaia. Mais informações em http://www.cantinhodasaromaticas.pt/

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I Jornadas de Uso Múltiplo da Floresta

A Associação Florestal do Vale do Sousa, com o apoio da Câmara Municipal de Paredes, vai organizar no próximo dia 22 de Abril, no Centro Pastoral de Castelões de Cepêda (Paredes), as I Jornadas de Uso Múltiplo da Floresta, onde se falará de Cogumelos e Plantas Aromáticas e Medicinais, com a preciosa palestra de Raquel Barbosa, do Cantinho das Aromáticas.

Para mais informações contactar a AFVS: 255 213 420, no núcleo da Associação em Penafiel (Cooperativa Agrícola de Penafiel, ou por e-mail: afvs@mail.telepac.pt)

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Sábado aromático

Decorreu este fim-de-semana a terceira edição do "Sábado Aromático", uma parceria Cantinho das Aromáticas/Quercus, muito concorrida, como sempre, e com os participantes demonstrando um elevado interesse nas matérias apresentadas. Fica aqui a promessa de mais uma edição, já no mês de Junho, com um programa diferente, para inovar.

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Conferência no clube literário do Porto

No próximo dia 24 de Abril falarei sobre Plantas Aromáticas e Medicinais a convite do clube literário do Porto, pelas 21,30 horas, no auditório. Como amo esta cidade...

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Melissa-bastarda

Uma das plantas mais raras da flora de Portugal que tenho em cultivo é conhecida, nas poucas zonas onde vegeta como planta espontânea (Gerês, Montesinho) como betónia-bastarda; betónica-bastarda; cideira-bastarda; falsa-cidreira; melissa-bastarda. Apesar das diversas sinonímias, a Melittis melissophyllum é, na minha opinião, uma das mais bonitas labiadas da flora espontânea do nosso país, ocorrendo em matos e prados húmidos e locais sombrios, no meio de carvalhos e outras folhosas. Não sendo difícil de cultivar, exige no entanto muito cuidado na escolha do local, de preferência na sombra de outro tipo de vegetação, em local húmido ou mesmo em vaso, neste tipo de situação. É uma planta delicada e sensível, pelo que exige alguns cuidados adicionais, mesmo no controlo de pragas. As suas flores exalam um forte aroma a mel e as folhas, quando secas, tornam-se também perfumadas, mantendo a fragância por muito tempo. É tradicionalmente utilizada como adstringente, anti-séptica, diurética, sedativa e vulnerária, embora existam poucos estudos abrangentes sobre as suas propriedades medicinais. Tem sido sistematicamente colectada para abastecer uma indústria ervanária crescente mas pouco regulada, o que a torna numa planta ameaçada.
Deixo aqui algumas fotos das suas flores, que são grandes e bonitas, para regalo geral.





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Mais sobre plantas que cheiram a caril

Ainda em relação à temática "plantas que cheiram a caril", a Erva-do-caril (Helychrisum italicum) não é a única que possui esta característica, existem outras, como por exemplo a Escalónia-branca (Escallonia illinita), uma planta arbustiva endémica do Chile, muito bonita e que liberta um fortíssimo cheiro a caril, quando em flor. Por aquelas bandas goza de um curioso nome vulgar: Barraco. Temos esta planta em cultivo há já vários anos e representa uma excelente opção ao sol ou em meia-sombra, produzindo sempre em qualquer das situações inúmeras flores brancas, mantendo a folhagem persistente com um verde carregado muito característico. Atinge facilmente 2 metros de altura, podendo desenvolver-se até aos 4 metros, pelo que, como a maior parte dos arbustos no jardim, deve ser podado todos os anos, de forma a estimular nova vegetação e a promover uma touça de maior diâmetro. Esta sim, é a responsável pelo forte aroma a caril que se sente nas proximidades da casa de chá do Parque de Serralves, no Porto. Está por ali escondida no meio de outros arbustos pelo que a maior parte das pessoas, na altura da floração, em meados de Junho-Julho, procura a planta, muitas vezes sem a encontrar, já que o aroma se sente de forma mais intensa a uma distância considerável da mesma.
De todas as plantas que produzimos é uma das menos procuradas, o que se justificará pelo desconhecimento da espécie, já que não se encontra à venda no circuito habitual de comércio de plantas. E é fácil justificar: tentem escrever Escallonia illinita no Google, procurar em páginas de Portugal, não existe uma única referência...

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Erva dos gatos

A erva-dos-gatos ou nêveda-dos-gatos (Nepeta cataria) é uma planta autóctone, embora não muito frequente, que surte um fantástico efeito nestes animais que nos fazem companhia. Este pequeno vídeo mostra quão dramático pode ser esse efeito e explica porquê. O meu gato adora esta planta e procura regularmente as suas folhas e flores, que mastiga com prazer. Uma planta obrigatória no jardim, para quem gosta de gatos!!! Disponível aqui.

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Que semana...

Esta semana só agora consegui parar para algo partilhar, foi passada algures entre Bragança e Lisboa, a fazer lembrar a música dos Xutos & Pontapés "Para ti Maria - de Bragança a Lisboa são 9 horas de distância..." - já não são, é um pouco mais rápido!!!
Fiquei particularmente entusiasmado com a palestra para os alunos do curso de fitoquímica e fitofarmacologia da Escola Superior Agrária de Bragança, um curso novo e com um currículo muito interessante. Muita participação, muita vontade de fazer coisas novas com as plantas aromáticas, ficou no ar a sugestão para o desenvolvimento de trabalhos relacionados com o aproveitamento das plantas para o fabrico de biopesticidas. E que cidade bonita é Bragança!!! Dizem ser uma das cidades com melhor qualidade de vida do país, pois acredito.

No Sábado passado decorreu também a primeira sessão dos mini-cursos "Ideias Sustentáveis" no Cantinho das Aromáticas, muito participada, com sala cheia de gente entusiasmada, de tal forma que acabámos muito mais tarde, com um belo passeio pela propriedade, visitando alguns espaços e mostrando muitas das soluções para jardinagem biológica aplicadas no local. Espero que as próximas sessões possam decorrer com o mesmo nível de participação.
Recordo que as próximas sessões são:
12 Abril: Água, como a poupar?
10 Maio: Consumo e resíduos, qual a relação?
24 Maio: O sol e ideias solares.
21 Junho: Fazer um jardim no Quintal.


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