Banco de Terras vai permitir a uma nova geração entrar na agricultura

O objectivo desta proposta é evitar o abandono das áreas rurais e da agricultura. Há muitas terras abandonadas e há muita gente que pretende dedicar-se à agricultura. Sobretudo uma nova geração de gente qualificada e disposta a dedicar-se à agricultura, mas que não tem terras, apesar delas existirem e estarem abandonadas, tendo capacidade agrícola.

O Banco Público de Terras faz aquilo que qualquer outro banco fará: no caso de alguém que tem uma poupança, pretende depositá-la no banco obtendo um rendimento e mantém a sua titularidade ao mesmo tempo que a poderá reaver quando assim o entender. É a mesma coisa no Banco Público de Terras: o proprietário da terra não a pode agricultar por qualquer razão, entrega-a ao Banco que a arrenda a quem está interessado em cultivá-la. O proprietário obtém um pequeno rendimento em função desse contrato de arrendamento e poderá reavê-la depois nos termos desse contrato.

Isto vai permitir a uma nova geração entrar na agricultura, o redimensionamento das propriedades agrícolas já existentes, ao mesmo tempo que colmatará o abandono das áreas rurais e do interior do território. O abandono das áreas do interior tornam os incêndios florestais mais difíceis de combater e mais prolongados no tempo, como vimos aliás nas últimas semanas em Portugal. Não havendo vigilância nem preocupação com a floresta, nem ocupação dos territórios do interior, nomeadamente nos territórios de montanha, é evidente que os fogos podem deflagrar com maior facilidade.

Esta recuperação das terras abandonadas terá um carácter preventivo em relação aos fogos florestais, permitirá a humanização desses territórios do interior e será um importante factor na prevenção, na vigilância e combate aos fogos e também no ordenamento das terras agrícolas do interior.

A Galiza tem uma estrutura de propriedade muito próxima do Norte do nosso país e percebe-se que o Banco Público de Terras funciona como uma garantia pública sobre a propriedade da terra e também como mediador para o seu arrendamento. Julgamos que é uma excelente solução, já o provou na Galiza e seria importante que no nosso país também viesse rapidamente a estar em plena execução.

Artigo original disponível aqui.

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Botânicos apresentam lista com as 4000 espécies de plantas de Portugal

Interessante notícia esta publicada na página ecosfera. Uma equipa de 18 botânicos trabalhou três anos para criar a primeira lista de referência das plantas de Portugal. O inventário "limpou" repetições e nomes que vão mudando com o tempo e chegou ao número total de 3995 espécies.

À partida, fazer a lista das plantas de Portugal pode parecer coisa fácil. Mas não é. Foram três anos a estudar várias obras de referência - desactualizadas e regionais -, um autêntico labirinto por entre várias centenas de espécies.

Miguel Sequeira, presidente da ALFA (Associação Lusitana de Fitossociologia) - entidade que elaborou a lista -, explicou ao PÚBLICO alguns dos problemas. "Por um lado temos as espécies que, ao longo do tempo, foram adquirindo nomes diferentes e, por outro há plantas que têm várias nomenclaturas, conforme a região. E depois temos de ter o cuidado de não esquecer nenhuma espécie". O botânico admite que "nem sempre é fácil descobrir onde estão as repetições".

A equipa, de várias universidades, definiu um conjunto de critérios e deitou mãos à obra, criando a primeira lista que tem todas as plantas vasculares - autóctones, endémicas e introduzidas - e que inclui todo o território nacional. Agora, pode dizer-se com segurança que estão listadas no Continente 3314 espécies, 1006 no Arquipélago dos Açores e 1233 na Madeira. É esta região que alberga o maior número de endemismos (espécie que não existe em mais nenhum lugar), com 157. Nos Açores esse número chega aos 78 e no Continente aos 150.

E se existem espécies "comprovadamente extintas por território" - nomeadamente três endemismos na Madeira e um nos Açores - e outras de que não se conhece o paradeiro há cem anos, também é verdade que nas últimas décadas a galeria de plantas de Portugal tem sido aumentada por espécies exóticas. De acordo com esta lista, existem 412 espécies introduzidas no Continente, 710 nos Açores e 435 na Madeira.

Miguel Sequeira explica o número mais elevado nas ilhas com a pressão humana. "No Continente, os habitats já estão saturados e não permitem tanto a entrada de plantas novas como nas ilhas".

Lurdes Carvalho, do Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade - entidade que coordenou o projecto - salientou que esta lista "permite tirar uma fotografia" da flora portuguesa, com muito "trabalho de actualização, clarificação e uniformização". A responsável lembrou que "aquilo que existia eram listas que não reuniam todos os elementos necessários, nem estavam actualizadas. Esta é uma listagem definitiva".

Ainda assim, deverá ser revista e actualizada anualmente. Além disso, acrescentou Lurdes Carvalho, há várias espécies que deviam agora merecer uma atenção mais profunda, nomeadamente as plantas com potencialidades medicinais, de estabilização de taludes e de margens dos cursos de água.

A ideia do ICNB é também que esta lista ajude a preparar elementos de apoio à tomada de decisão em conservação da biodiversidade. "Estão agora reunidas as condições para lançar um trabalho de identificação de acções de conservação, no sentido de preservar as espécies com maior relevância em termos de necessidade de protecção".

O próximo passo será a produção da Lista Vermelha da Flora de Portugal, à semelhança do Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal, publicado em 2005.

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Equinácea

Este vídeo do programa Biosfera mostra a Echinacea purpurea, uma de diversas espécies existentes, espontâneas nos Estados Unidos. Esta planta é usada desde longa data pelos nativos americanos como medicinal, sendo hoje uma das mais importantes plantas medicinais no ocidente, reconhecidas que são as suas importantes propriedades, activando o sistema imunológico, impedindo as infecções. Existem diversos medicamentos no mercado à base desta planta, utilizados na profilaxia e tratamento da gripe, rino-sinusites e bronquites, principalmente em doentes com imunidade diminuída.

Para ver o artigo completo sobre esta planta que se encontra lá mais para trás, clique aqui. Para adquirir esta planta, clique aqui.

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Novo livro de campo

Saiu o primeiro número da colecção 'O Campo no Seu Bolso'. Este guia, 'Amigos Desconhecidos do Agricultor - Insectos, Ácaros e Aranhas', tem por objectivo apoiar na identificação dos principais grupos de aracnídeos e insectos que limitam o desenvolvimento de pragas das culturas, devendo ser usado como auxiliar de campo. Disponível aqui.

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Marmelo, marmeleiro, marmelada

Começou hoje a terceira temporada (como nos canais da cabo, T3!!!) comigo à volta das plantas, em rubrica quinzenal, na Praça mais alegre cá do burgo!!!Inspirado numa mocinha engraçada que vi há dias nas ruas do Porto, decidi abordar o tema, de forma descomplexada!!!

O marmeleiro (Cydonia oblonga) pertence à família das Rosáceas, bem como a macieira, a pereira e a nespereira. Não confundir com o marmeleiro do Japão (Chaenomeles sinensis). As cultivares Portugal, Gamboa e Gigante de Vranja são das mais comuns no mercado viveirista.

Marmelada: (ou doce em massa); carícias amorosas; mas também trapalhada, confusão. O sufixo -ada significa que o doce permite o corte. De acordo com a Legislação Portuguesa, a marmelada é o produto resultante da mistura homogénea e consistente, obtida exclusivamente da cozedura da polpa (mesocarpo) do marmelo com açúcares.

O marmelo e a marmelada são produtos de elevado consumo em Portugal, uma vez que a marmelada é o produto mais importante da actividade de fabrico de doces de frutos, compotas, geleias e marmeladas e que o marmelo é o seu principal ingrediente.

Ninguém faz marmelada só para si, o espírito de partilha que se gera no tempo dos marmelos não deixa de me espantar!!! Aos amigos e familiares a quem se oferece marmelada pede-se sempre a taça de volta!!! Longas foram as horas na minha juventude a descascar marmelos, separando cuidadosamente cascas e caroços… Para fazer geleia a seguir!!!

Como cuidar e outras curiosidades, no tempo possível, no vídeo que se segue.

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Curso de Plantas em Cosmética e Dermatologia por Internet

Sob a responsabilidade dos meus queridos amigos António Proença da Cunha (Professor Catedrático Jubilado da Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra) e Odete Rodrigues Roque (Investigadora Principal Aposentada da Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra), bem como da Eunice Maria Cunha (Assistente Principal dos Serviços de Farmácia dos Hospitais da Universidade de Coimbra), o Curso é composto por 12 unidades temáticas, em formato PDF, totalmente ilustradas, onde são tratados os principais aspectos da Cosmética e da Dermatologia e as plantas mais usadas directa ou indirectamente nessas situações.

Para cada planta é referido, sinonímia, parte usada, principais constituintes activos, actividade biológica sobre o tecido cutâneo, principais aplicações cosméticas e dermatológicas, efeitos secundários e toxicidade. É indicado um formulário dermatológico, um glossário dos principais termos usados em cosmética e em dermatologia, um índice das utilizações, mais usuais, em cosmética e em dermatologia das plantas descritas e as referências bibliográficas.

Creditado pela Ordem dos Farmacêuticos com 3,6 créditos (3,6 CDP). Com o apoio da Sociedade Portuguesa de Fitoquímica e Fitoterapia. Para inscrições e mais informações, espreitar aqui:
http://cursocosmeticadermatologia.weebly.com/

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Curso de Plantas Aromáticas e Medicinais em Monsaraz

Venha descobrir no sopé do castelo de Monsaraz, o conforto do Monte do Laranjal e aprenda como identificar, propagar e utilizar ervas aromáticas, com a minha ajuda, no próximo fim-de-semana de 23-24 de Outubro 2010.

Aprenda como colhê-las, propagá-las e secá-las, e como poderá tirar o máximo partido ornamental e medicinal destas plantas maravilhosas. O curso inclui também uma aula de cozinha com aromáticas bem como uma componente prática no exterior.

PREÇOS:
195 EUR (Curso + Alojamento 2 noites em quarto individual);
160 EUR (Curso + Alojamento 2 noites em quarto duplo partilhado);
RSVP (Tm 91 785 74 23 / E-mail: montedolaranjal@gmail.com).

Mais informações em: http://www.montedolaranjal.com/


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